Enfim, uma das maiores demandas dos produtores rurais será atendida. A falta de dados foi um tema recorrente em análises sobre o setor, independente da cultura tratada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enfim, começa o Censo Agropecuário no dia 02 de outubro. O último levantamento detalhado sobre o agronegócio brasileiro foi realizado em 2006, ou seja, 11 anos de espera para se ter dados mais próximos da realidade da zona rural.
Nesse período diversas coisas mudaram. Em 2006, a seleção brasileira chegava à Copa do Mundo na Alemanha com o seu “quarteto fantástico”: Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Adriano. E depois de se ver a nada favorita Itália levantar o título mundial, uma crise se instalou no futebol mundial.
Mas chega de falar do passado, vamos ao tema central: Censo Agropecuário 2017. De acordo com o IBGE, serão 19 mil recenseadores que visitarão 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Já dá para ver a importância do levantamento pela amplitude e a quantidade de estabelecimentos que serão visitados. Todas as políticas públicas para o agronegócio do Governo Federal tomam como base esse levantamento.
A pesquisa deveria ter sido iniciada em 2015, mas foi adiada por falta de recursos. Em 2016, o Instituto conseguiu levantar R$ 785 milhões para iniciar o censo, em uma versão mais enxuta do que a prevista inicialmente. Começando agora, a previsão para concluir a coleta de dados é fevereiro de 2018.
Nesses 11 anos sem censo, perdemos o senso estatístico dentro do campo, já que tomamos de 7 da mesma Alemanha que sediou a Copa de 2006 e passamos mais de uma década sem dados concretos sobre o agro. Talvez seja tudo um sonho e o IBGE nos diga que ganhamos. Veremos.
Texto publicado originalmente na edição 311 (outubro 2017) do Jornal Nova Notícia, em Santa Maria de Jetibá-ES
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