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Comprando em real e vendendo em dólar

Foto do escritor: Domicio Faustino SouzaDomicio Faustino Souza

O 2016 começou com boas notícias para o Agronegócio, mas pode não ser assim durante todo o ano que se inicia. O superávit da balança comercial do Brasil é uma boa novidade para o setor agro, afinal, maior parte dos produtos exportados foram commodities agropecuárias. Mas as previsões não são positivas. Analistas afirmam que a parte positiva para os produtores rurais foi a compra de insumos com o dólar baixo e venderam com a moeda estadunidense em alta.

A média de crescimento da produtividade agropecuária brasileira é bem superior à média mundial (1,84%). Segundo um estudo divulgado pelo Departamento de Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura na última terça-feira do mês de dezembro (29), o crescimento médio nacional foi de 3,53%, de 1975 a 2014. O investimento em pesquisas e a adoção de tecnologias agrícolas foram os fatores apontados para justificar a posição superior do Brasil.

Mas qual a ligação com o dólar alto ou baixo? É simples, as empresas que fabricam os insumos utilizados para impulsionar a produtividade, livrando as plantas das pragas e doenças, dependem de componentes não existentes em solo nacional, sendo necessário a importação dos mesmos. Com isso, a elevação dos preços acontece naturalmente, um exemplo, é a variação do preço dos fertilizantes. Durante o ano de 2015, a cotação do dólar subiu 47%, saindo de R$2,69 (jan-15) para R$3,95 (dez-15). Se a referência para elevação é a moeda estadunidense, o mesmo saco de adubo que valia 70 reais, hoje o agricultor terá que pagar cerca de 103 reais.

As previsões são piores porque o custo para manter o investimento em insumos, implementos, tecnologia e inovação também subiu com o dólar. Sem contar com o aumento da inflação, que diminui o poder de compra do consumidor interno. É importante ficar de olho nos índices da economia, pois os mesmos impactam diretamente no cotidiano, do custo de produção até o momento da comercialização da safra.

Texto publicado na edição 290 do Jornal Nova Notícia, mês de Dezembro 2015, na coluna AGRO É NEGÓCIO.


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