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A ração e o custo de produção

Foto do escritor: Domicio Faustino SouzaDomicio Faustino Souza

No último dia de janeiro deste ano uma multinacional americana divulgou que a produção global de rações em 2016 bateu recorde, subindo 3,7% e ultrapassando pela primeira vez um bilhão de toneladas. China, Estados Unidos e Brasil são os principais produtores mundiais. Mais de 40% deste volume produzido foi destinado para a avicultura e outros 25% para a suinocultura. Já a média mundial de preços caiu de 5% a 6%, ao contrário do Brasil.

A realidade da avicultura e suinocultura capixaba está totalmente desconexa dos dados apresentados sobre a produção mundial. Os avicultores e suinocultores colocaram o milho no centro das discussões em boa parte do ano de 2016, por representar cerca de 70% dos insumos necessários para a formulação da ração.


Mas o grande vilão da produção de rações da região serrana do Espírito Santo foi a seca. Apenas 10% do milho necessário para manter a macro produção de avícola e de suínos é produzido internamente. A seca atingiu os produtores de milho capixaba e também as grandes produções de milho no Centro-Oeste brasileiro e com isso, o preço subiu.

Outro vilão foi a alta nos combustíveis. O milho chega em solo espírito-santense por meio das rodovias. Em um dos cálculos apresentados pela Associação de Avicultores do Espírito Santo (AVES), para justificar a importação de milho argentino, foi exatamente mostrando que o frete do milho vindo do país vizinho ficava mais barato que o produto oriundo do Centro-Oeste. O frete para cruzar o Brasil até as montanhas capixabas subiu substancialmente devido as seguidas altas nos preços do combustível.

Mesmo com todas essas dificuldades apresentadas pelas instituições, o levantamento da produção mundial apresenta o Brasil como o terceiro maior produtor de rações do mundo, atrás, apenas, da China, com 187,2 milhões de toneladas, e Estados Unidos, com 169,7 milhões de toneladas. Segundo os dados da multinacional, a produção brasileira chegou a marca de 68,9 milhões de toneladas. Esses dados mostram o espaço para ampliação existente no país.

Texto publicado originalmente na edição 302 do Jornal Nova Notícia, em Santa Maria de Jetibá-ES

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